Peter Mendelsund em O Que
Vemos Quando Lemos explora os desafios particulares de transformar
palavras em imagens, numa combinação de ilustração com filosofia, crítica
literária e teoria do design.
A tese
central do autor é a de que os leitores muitas vezes inventam imagens
que o texto não justifica e argumenta
que ler é cocriar e que nossas impressões de personagens e lugares devem tanto às
nossas próprias memórias e experiências quanto aos poderes descritivos dos
autores.
Peter Mendelsund, um dos mais conceituados designers
editoriais contemporâneos , combina uma carreira artística premiada com a sua
primeira paixão, a literatura, num dos mais provocadores e invulgares
exercícios acerca da forma como compreendemos o ato de ler.
Poucos são os livros que na
primeira olhada conseguem provocar vários dos nossos sentidos. Em O Que
Vemos Quando Lemos a visão é a primeira sensação a ser estimulada
quando o olhar do leitor é atraído espontaneamente para um livro cuja capa
preta simples apresenta um título sugestivo em letras brancas e uma pequena fechadura
dourada cintilante, porém muito convidativa.