A Fantástica Fábrica de Chocolate

A Fantástica Fábrica de Chocolate do escritor galês Roald Dahl, considerado um clássico infantil, foi publicado em 1964 nos Estados Unidos e desde então já vendeu mais de treze milhões de cópias em todo o mundo, além de ter sido traduzido para 32 idiomas.

Em 1971, foi feita a primeira adaptação para o cinema, e a última transposição do conto para a tela foi feita pelo diretor Tim Burton, com o ator Johnny Deep no papel de Willy Wonka.

O livro aborda o drama do pequeno Charlie Bucket, um garoto que mora com os pais e quatro avós num casebre, mas que mesmo assim mantém a esperança de uma vida melhor.


A casa de Charlie fica ao lado da maior fábrica de chocolates do mundo que é comandada pelo excêntrico Willy Wonka, que por medo de espionagem industrial decidiu despedir todos os seus trabalhadores e anunciar que ele estava saindo do negócio para sempre.

Anos depois, os chocolates produzidos pela companhia voltam ao mercado, mas ninguém sabia o que acontecia dentro daquela fábrica de chocolate, já que havia gente trabalhando nela, mas ninguém era visto saindo ou entrando em sua fábrica, a não ser caminhões e caminhões lotados de chocolates, dos mais variados tipos, prontos para serem vendidos no numdo todo.

Charlie, todos os dias ao voltar da escola, para em frente à fábrica para se deliciar com o maravilhoso cheiro de chocolate que emana do local, pois sabe que só pode comer uma barra de chocolate por ano — no dia do seu aniversário.

O grande sonho do pequeno Charlie é conhecer Willy Wonka e A Fantástica Fábrica de Chocolate. Ele ganha esta chance quando o excêntrico Wonka decide promover um concurso mundial premiando cinco crianças que encontrassem os tickets dourados escondidos nas barras de chocolate, para conhecer a misteriosa, mágica e Fantástica Fábrica de Chocolate e, mais, seu objetivo, como descobriremos depois, é encontrar entre elas uma que possa ser seu sucessor. Distribuídas por todo o mundo, as cinco barras premiadas começam a ser encontradas por crianças em diferentes países.


O primeiro felizardo é o alemão gorducho e guloso Augustus Gloop que só pensa em comer doces, o que o transforma em um comilão, apressado e mal-educado; em seguida, a premiada foi a rica e mimada Veroca Salt, que faz cara feia e tem acessos de raiva cada vez que seu pai deixa de satisfazer algum de seus caprichos e, que não exitou em parar toda a sua fábrica para que seus funcionários ficassem desembrulhando chocolates para achar o cupom dourado; o terceiro cupom fica com a confiante e competitiva ao extremo Violet Beauregarde, famosa pela "arte de mascar chiclete”; o quarto cupom foi encontrado por Miguel Tevel, aficionado em vídeos games, computadores, aparelhos eletrônicos em geral, sobretudo a televisão à qual passava horas e horas na frente dela, e só saia para almoçar e ir ao banheiro e, finalmente, Charlie, o garoto pobre e de bom coração que comprou a última barra premiada com uma nota encontrada no meio da neve.

No dia marcado, Willy Wonka recebe Charlie e as outras quatro crianças com seus familiares e os leva para dentro da fábrica, para que eles possam conhecer os engenhos fantásticos que produzem o melhor chocolate do mundo.

O Chocolate Room é a primeira sala a ser visitada e tudo nesta sala parece ser comestível. O principal ícone do quarto é um grande rio de chocolate e, é ali, que o chocolate é misturado por uma cachoeira. Willy Wonka proclama: "Não existe nenhuma outra fábrica no mundo que mistura o chocolate pela cachoeira”.

As crianças espalham-se por todos os lados experimentando os doces maravilhosos e Augustus Gloop, o guloso ganhador do primeiro bilhete, bebe o chocolate do rio, onde ele cai. Então, um cano que leva o chocolate para o resto da fábrica o suga e Augustus desaparece. De repente, pequenos seres — os Woompa Loompas — dançam e cantam uma lição de moral, que fala sobre como é errado permitir que crianças comam sem parar.

Em seguida, Wonka os leva para a sala das últimas invenções, onde mostra para as crianças um chiclete que por si só vale por tres refeições. Violet Beauregarde, a mocinha amante de chiclete, imediatamente pega um e masca, ignorando o aviso de Wonka de que a invenção não está terminada! De repente, Violet fica azul e passa a inchar — ela vira uma amora! Novamente os Woompa Loompas aparecem e cantam sobre como mascar chiclete o dia inteiro é prejudicial.

A terceira parada é o lugar em que as nozes são tiradas das cascas. Esse trabalho é feito por esquilos treinados, e Veruca Salt, a ganhadora rica e mimada pelos pais, decide que precisa ter um esquilo. Ao ter seu desejo negado por Wonka, ela mesma desce ao local e tenta agarrar um esquilo, mas eles a seguram e a jogam na lata do lixo, para onde vão as nozes ruins e, uma vez mais, os Woompa Loompas cantam sobre o erro de mimar os filhos com tudo o que eles pedem.

A quarta parada é em uma sala onde Wonka testa o envio de chocolates pela TV. Ele põe uma barra de chocolate gigante na máquina, e ela vai parar na TV, em tamanho normal. Mike Teevee, o garoto viciado em televisão, decide que também quer ser teletransportado, mas esquece que vai ficar pequenininho. Ao perceber que não voltará mais ao tamanho normal, Mike se desespera, e os Woompa Loompas têm mais uma canção, sobre a inutilidade e o perigo da TV para crianças.

Não cabe a Charlie agir para alcançar seus objetivos, as situações se sucedem e as crianças vão se eliminando da competição por causa de suas próprias falhas e, é nesse momento, que Wonka percebe que Charlie é a única criança restante, que se portou bem durante todo o passeio, o que significa que ele é o vencedor e como tal vai ganhar o prêmio especial.

Charlie ganha a Fábrica, mas a recusa, já que não poderia levar sua família, porque Wonka acredita que família é um obstáculo para qualquer “chocolateiro” — uma filosofia que Wonka havia desenvolvido pelo motivo de que seu pai, o dentista Dr. Wilbur Wonka, não permitia doces em casa, porém Wonka decidiu abandonar sua família para seguir seus sonhos.


No fim, Charlie aceita a Fábrica de Chocolate e Willy Wonka, finalmente, percebe o valor da família, e por outro lado, seu pai aprende a aceitar o seu filho pelo o que ele é, e não pelo que ele gostaria que ele fosse.

A Fantástica Fábrica de Chocolate é um dos livros infantis que muitos de nós, considerados “já não tão jovens”, lemos, relemos e guardamos no coração. Reler este livro é trazer de volta um mundo de fantasia, alegria, diversão e guloseimas pois em cada página os detalhes “chocolatísticos” chamam a atenção e fazem com que o leitor participe deste passeio mágico pela maior fábrica de chocolates do mundo cheio de cachoeiras de doce de leite e rios de chocolate, e muito mais.

Esta viagem também leva o leitor a uma reflexão de que "o mau sempre acaba pagando por seus erros”. O autor ao abordar temas como: egoísmo, má-criação, gula, aceitação, pobreza — constatados durante o passeio, quando cada uma dessas crianças, com exceção do protagonista, são traídas e eliminadas da competição por causa do “mau-comportamento” — aponta uma falha na educação de nossas crianças que fatalmente poderá destruir toda uma percepção de mundo e danificar “os futuros adultos” que teriam a responsabilidade de criar um mundo melhor.

A Fantástica Fábrica De Chocolate
Autor: Roald Dahl
Editora: Martins Fontes
Preço: De R$ 19,90 até $ 26,90

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